Da Cordilheira dos Andes para a Amazônia peruana em menos de 200km. Hoje foi um dia longo, com muitas, mas muitas curvas.
Saímos de Ollantaytambo era umas 9h, a rota prometia ser toda de asfalto hoje. E foi.
Para que ficou curioso, veja a foto da Ist com sua nova bota galocha de borracha!
Tá linda, na saída do hotel. |
Montamos as bagagens na moto já com um pouco de saudade da Cordilheira dos Andes, pois hoje iríamos descer até a Amazônia Peruana. E assim foi feito.
A moto completou 80.000km nas alturas, com uma bela paisagem. Lembram que no começo da viagem, no 1º dia, saindo de SP, havia completado 70.000 km?
Durante a manhã passamos por vales e vales, subindo e descendo, até que paramos para um almoço no último vilarejo antes da última e derradeira subida dos Andes.
Meu, isso é feito de puro químico. As únicas coisas naturais são água e açúcar |
Mas é bom! |
Esse guardanapo com patinhas e recorte tá parecendo outra coisa, não acham? |
Mas o "pollo broster" da Ist tava bonito! |
Bem, vamos lá então!
Esses picos nevados que víamos no horizonte....eu já tinha me despedido deles, achando que nem ia passar perto, mas acabamos passando ali no meio deles. |
A parte mais curiosa do dia é a vestimenta das mulheres nesta região. |
Olha só que chapeuzinho louco que elas usam, certeza que não pega chuva! |
Viu a tia da calçada? É diferente da que tá na rua. Parecem ser de etnias diferentes. |
Mais chapeuzinho... |
Bela foto, mamãe e filhinha hehehe |
Vamos subir então... |
A placa não é muito animadora para quem quer chegar em casa... |
Nesse ponto paramos para tirar uma foto da placa e percebi um vazamento de óleo na moto. Fiquei preocupado, mas notei que era óleo vegetal (óleo de cozinha) que compramos para acampar e comer. Menos mal. Pena ter encharcado as comidinhas na mala dentro de um saco. Vai dar trabalho limpar quando formos comer em camping!
Só 4.600km pra SP! |
Subir subir, voar voar! |
A despedida dos picos nevados! |
Contraste de cores |
Moto colorida... |
Nessa lagoa havia umas duas famílias de patos. Que alegria morar ali a 11°C né? |
O pico do dia era ali... mais ali na frente... |
Abra Pirhuayani, difícil falar isso. Até escrever copiando da foto de cima.
Não é nada além de um conjunto de casas, não mais que três ou quatro.
Mas é um divisor de águas. Sim, literalmente um divisor de águas. Até essa lagoa aí acima a água corre para o Pacífico. Depois dessa placa e das casinhas logo acima ela "vira" de lado e vai para o Rio Amazonas, cortando o Brasil a caminho do Atlântico.
Para quem acredita, o lugar realmente tem algo interessante. É frio como todo local a 4.700m de altura, mas ali havia crianças pedindo esmola, pedindo para comprarmos algo.
Quando parei para tirar a foto acima, da tela do GPS marcando a altitude mais elevada do dia, uma garotinha cruzou a pista e veio correndo até nós. Pediu para comprarmos uma garrafa de água dela.
Não precisamos, pois temos o camelbak com 2 litros e então seguimos viagem.
Mais uns 400m adiante havia outra criança, desta vez mais jovem ainda, um menino. Ajoelhava-se na beira da estrada com as mãos levantadas para cima em sinal de pedir por algo.
É triste e desagradável. Ninguém gosta de ver pobreza. Controle de natalidade resolveria muito...mas praticamente impossível num lugar tão remoto quanto este.
Então pegamos um pacote de salgadinho de 240g (daqueles família) e demos para o garotinho. Perguntamos e ele disse seu nome, mas não consegui entender, era Wilber ou algo semelhante. Ele é irmão da garotinha que correu atrás de nós alguns metros antes.
De chinelos, com 11°C ali fora, me fez pensar um pouco. Foda... os pais fazem os filhos e depois não tem $$$ pra sustentar, então obriga a criança a pedir esmola na estrada, pois "corta" mais o coração do que se fosse um adulto ajoelhado.
Seguimos viagem com aquilo na cabeça por mais alguns km.
Já "do outro lado", na descida, as curvas que acabariam com o pneu dianteiro da moto.
Não sei quantas curvas cotovelo fiz nessa viagem. Os pneus denunciam...estão lisos.
Você faz ideia do que é descer num dai só de 4.743m para 200m ?
São curvas e mais curvas... uma delícia para quem realmente gosta de curva. Eu sou um deles!
Pena que pneu não dura para sempre! hehehe o dianteiro se acabou.
Acima, por volta de 800m de altitude, o rio ainda tem cara de corredeira e é claro. Mais adiante vai se juntando a outros rios, outros, outros...até juntar-se com o Rio Amazonas.
Nessa parte, a mais ou menos 240m de altura, a água já é barrenta e não é mais corredeira. |
Será que estava sol? |
Ainda bem que a cada 50m da estrada havia uma cachoeirinha para se refrescar. Entrei nessa. O buraco era até mais alto do que a cintura. Mas valeu a pena. Água fresquinha! Barriga cheia...rs |
Qual lado? Esquerda = Amazônia. Direita = Lago Titicaca!!! |
Em Puerto Maldonado a moto ganhou um lugar vip no saguão do hotel. Era enorme! |
LUCIANA:
Pontos fortes do dia:
Subir a 4743m de altitude e não morrer de frio igual em Pampamarca porque não estava chovendo;
Ser grata porque a galocha feiosa realmente funciona;
Eu não comi nem metade do meu prato de "pollo broster";
Passamos por vários pontos de pare e siga porque na rodovia haviam vários "derrumbes", pedras/rochas que caíram da montanha por causa das chuvas ou da própria água que corre em abundância;
Depois de descer tudo, sentir calor igual no Brasil;
Achar um hotel custo x benefício ótimo que EU escolhi e
Jantar um pedaço de torta de maçã com farofa e tomar um café expresso forte de verdade!
Ae Luigi.. esse pneu dianteiro ai da ultima foto, nao condiz c/ o q vc relatou !! heheh...
ResponderExcluirDa hr esse comentario da Luciana >> achar um hotel q EEEEUUU escolhi !! hahahahahah
abracao pra vcs e bom retorno !!!
rapaz, só parecia que tinha cravo... olhando de perto no post do dia seguinte vc ve o estado da criança!
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