terça-feira, 6 de janeiro de 2015

18º dia: de Chalas / Puerto Inka a Lima (5/jan)

LUÍS:

Olha bem essa foto.


Calma, volta e olha outra vez. Clica nela para abrir numa janelinha e leia bem o que está escrito. Se estiver no celular vira ele de lado...vai preguiçoso(a).

Pronto, agora volta aqui pra ler. Isso mesmo, FAV2710 Nasca.

FAV 2710 é a placa da moto que está levando a gente pela América do Sul nesta viagem. E em Nasca, você já ouviu falar?

Se não lembra da cidade, já viu essa imagem?


Provavelmente não né...


Olhando melhor, deu pra ver algo acima?

E na de baixo...no close...


Sim, são os geoglifos de Nasca. E nós fizemos um voo sobre eles.

As fotos não ficaram boas, nem a filmagem. Como o avião sobrevoa razoavelmente alto e estava muito sol, não é tão fácil ver as linhas e os desenhos. Mas foi incrível.

Acordamos com esse raiar do sol.



Parece um quadro né? É uma foto de quando levantei neste dia depois de dormir com o barulho das ondas e a brisa que vem do mar. Eram 5.38 quando olhei no relógio. A foto é das 5.50h.

Acordamos cedo, arrumamos as tralhas, montamos a moto, tomamos um belo café da manhã e seguimos viagem até Nasca. Esse seria o primeiro destino do dia, pois na verdade nosso objetivo era chegar a Lima. São mais de 500km atravessando diversas cidades, o que nos faz estar sobre a moto por até 8 horas.

Ao chegar em Nasca, fomos direto para o aeroporto. Pegamos essa dica com os motociclistas que estavam em Arequipa, aqueles que conhecemos e indicamos a nossa hospedagem.

O preço do voo por pessoa variava de USD 65 até 90, dependendo da companhia aérea e do trajeto. Tem linhas de Nasca, linhas de outra cidade que não lembro o nome e aquedutos. Sim, esse povo de Nasca também fez aquedutos. Mas nada parecido com os de Roma, para quem conhece. Os de roma são aéreos, onde a água é transportada por dutos sobre arcos feitos de pedra. Aqui é um buraco no chão, como um poço, só que em forma de caracol.

Fizemos um voo de 30-35 minutos, com piloto e co-piloto, nós e mais um casal de colombianos. Como estava muito calor, o voo foi bem turbulento e os giros para ver as imagens deixou os três passageiros enjoados, um vomitou. Eu estava de boa. Até porque estava de barriga vazia, então não tinha o que vomitar hehehe...

Difícil ver as imagens, mas deu para ver todos os desenhos mais diferentes pelos quais passamos, teve o cachorro, o macaco, o beija flor, uma outra ave (condor eu acho) e mais outra, além do astronauta, as mãos, foram no total umas 14 imagens de desenho, mais diversos trapézios, linhas retas, bem diferentes. Uma parecia uma pista de aeroporto.

É uma situação única estar aqui e ver isso, ao menos para mim. Curto discovery e nat geo, que trazem bastante destas culturas para nós através da TV, mas não há nada como estar no lugar. Exemplo são golfinhos, todos acham bonitinho na TV, mas o legal mesmo é estar no mar com eles, seja na água ou em um barco acompanhado por eles.

Sobrevoar as linhas foi demais. Ficava imaginando o que aquele povo tinha na cabeça para fazer aquilo. Pensa...porque um macaco no deserto? E uma baleia? Ou um beija-flor? Esses animais não existem e muito provavelmente jamais existiram lá. Aquela região é desértica, só areia e pedra. Água só em vales. Não há baleias a menos de 200km dali, muito menos macacos, que estão só do outro lado dos Andes, perto da Bolívia. Ali simplesmente não tem.

Os relatos históricos indicam que os Nascas viveram naquela região desde 100 anos antes de cristo até 800 d.c.

É bastante coisa. E viviam numa região desértica quase o ano todo. É verão e não vemos uma gota d'água cair aqui. Há somente a água que vem dos rios dos Andes e florescem os grandes vales, mas ali não é bem assim um grande vale. O rio que corta a cidade é praticamente seco.

Curioso também são as figuras. Muitas eram consideradas templos de adoração, já que na ponta de algumas retas tem uns montinhos que pareciam altar para oferendas. Mas alguém explica a imagem que parece um astronauta?



A primeira foto acima é uma que encontrei na internet com mais nitidez do que a que tiramos ontem (2a foto).

No mínimo curioso. E também é de se notar que o cristianismo só influenciou esse povo porque foi conquistado pelos espanhóis, cristãos, que obrigaram os locais a adotar a mesma religião, assim como os índios no Brasil.

Daí que pra mim é estranho contar os anos antes de cristo e depois de cristo. Queria entender outras culturas, como a chinesa, em que o calendário é diferente do nosso, por razões históricas, é claro, nunca foram dominados por cristãos...

Bem, voltando à nossa viagem, veja as fotos do dia e comentários antes de cada uma.

Aqui o céu é mais azul, já falei?


Pode ver...


Welcome to Nasca!


Torre de comando do aeroporto.


Picolé no calor.


Mais picolé.


Espera...


Enfim vamos.



Quase lá.


Na pista.



Olha só, uma foto da minha cabeça, não sou careca ainda!


Go pro instalada na asa, vamos lá!








O que levaria esse povo a fazer tantas linhas neste vale...?



Voo feito, voltamos para a moto. Prometo fazer um vídeo de cada país! Daí vou colocar os principais momentos do voo.

Seguimos viagem rumo ao litoral.


E chegamos bem na hora do por do sol. Que maravilha...








Pela primeira vez na vida vi o sul desaparecer sobre o mar no horizonte. Foi bem legal.

Abaixo, a chegada no hotel Ibis, o centro dos brasileiros aqui em Lima! Já viemos aqui uma vez em março de 2014, mas de avião, durou 3,5h de voo, não 18 dias...hehehe


Acabamos jantando num KFC, Kentucky Fried Chicken...rede do South Park, aquele desenho sabe. Só vim aqui por causa do desenho. hehehehehe frango frito muito bom!


É isso aí. Hotelzinho padrão bacana, garagem e café da manhã incluídos sem pagar mais nada além por isso. Fiz a reserva no computador da recepção mesmo, pois cliente accor tem descontos exclusivos que valem a pena.

Agora, depois de moto das 9 da manhã até 11h, mais das 15 às 21h, hora de descansar.

Resumindo, foi um dia incrível. Sobrevoar Nasca, ver as linhas, toda essa história...ver esse belo por do sol, tudo demais! Um dos melhores dias pra mim, sem dúvida.

Abaixo, a Ist vai contar a versão dela pra vocês.

LUCIANA:

Somos tão diferentes que isso que fica engraçado.
Definitivamente não foi o dia mais legal pra mim até porque não passei bem durante o voo. 
Não gorfei no saquinho como o amigo colombiano mas respirei fundo várias vezes! 
Satisfaço-me com a história contada por um documentário do National Geografic relacionada a este povo. É interessante, mas nem de perto emociona como ver as ruínas de Roma e o Coliseu! 
Estava doida para chegar num local que houvesse água doce e apesar de ter sido longa a viagem, chegar em Lima foi mais um grande alívio! 
Hoje estou repondo as energias porque logo logo seguimos para o litoral, que dizem ser o caribe deles aqui...hahaha...vamos ver! rs
Até as próximas belas fotos ;)



Nenhum comentário:

Postar um comentário