sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

14º dia: de Copacabana (Bolívia) a Puno (Peru)

Luís:

Hoje saímos da Bolívia e entramos no Peru.

Acho que mais andamos de barco do que de moto, hehehe

Logo que acordamos, a vista do hotel em pleno café da manhã parecia um quadro, mas não é...


A foto parece um quadro, não?


Japa no seu café da manhã...

E assim começou o dia. Descobrimos que o check-out devia ser às 10.30, então descemos até a rua, beira-mar, combinamos um passeio de barco/lancha para umas ilhas flutuantes aqui no lago, semelhante às ilhas de Uros, mas artificiais.

Foi um passeio agradável, rendeu boas fotos e belas imagens.


Veja como a água é limpa ali...


Antes da saída os pilotos de barco aguardavam juntar a quantidade de pessoas necessárias. Tomavam cerveja bock quase doce. Compartilharam comigo, parece brahma bock, caracu, etc.

Abaixo, já no barco, veja a dona Luciana quentinha com o gorro de aplaca!

E as criancinhas também...


Que céu tem aqui...



Chegando lá havia um tanque de trutas criadas no lago. Escolhi a nossa, peguei com a rede e ela foi direto para a frigideira.
Enquanto isso fizemos um passeio pela orla, vimos umas plantações e alguns animais tomando banho ou comendo.
A melhor foto de bixo foi essa abaixo...hehehe


Esse é o primeiro porco que eu vi tomando sol na praia. Boa vida ein... hehehe

Abaixo, o restinho de champagne ficou no tanque gelando hehehe.


Essa truta tava muito boa!



Depois Voltamos para Copacabana, que aqui é um santuário. Tem uma santa encravada numa pedra que só pode ser vista de barco. Então vários bolivianos fazem um passeio de bote ou lancha pra tirar foto da santa.

Vestimos as roupas de moto, subimos nela e fomos até a fronteira com o Peru, que fica a uns 8km dali.

Chegando lá, incrivelmente havia apenas 1 pessoa na fila de imigração. Foi rápido. Mas a aduana para fazer a saída da moto estava fechada e só reabriria em 30min. Esperamos na sombra. Enquanto isso chegaram 2 ônibus lotados de turistas, fizeram uma fila gigante na imigração. Ufa, escapei dessa, ia levar uma hora ao menos se estivesse atrás deles.

Saída da Bolívia autorizada, seguimos alguns metros até o Peru. Fizemos a imigração em menos de 10min e tive que aguardar para a aduana abrir, era horário de almoço.
Aberta, estava sem sistema, fui o 2º da fila, então preenchemos o formulário enquanto a Luciana foi fazer câmbio para termos moeda local.

Legalizada 100% a entrada no país, vamos às fotos! Nova fronteira, nova bandeira na moto. Jã são 7 países em que andei de moto: Brasil, Italia, Uruguay, Argentina, Chile, Bolívia e agora Peru.

Ao cruzar a fronteira a paisagem não muda muito, mas a estrutura da estrada, as casas, tudo parece mais evoluído. Não que seja padrão SP, mas é mais cara de Brasil.
Tem posto de combustível pra todo lado e ninguém vai me cobrar mais caro na gasolina só porque sou gringo.

O objetivo era ir até Puno e fazer um passeio até as Ilhas de Uros, as originais. São ilhas que flutuam, feitas de um tipo de capim daqui, bem grosso e oco, parece um isopor duro.

Chegamos na hora exata em que partia a última embarcação. 10 soles por pessoa de transporte mais 2,50 para entrar. Para se ter uma ideia, R$ 1 = 1,1 nuevo sol.

Estava frio, mas havia sol e as imagens eram lindas.

Vir até este local e não visitar essas ilhas seria injusto. Valeu a pena. Chegando nas ilhas, que são mais de 80 (geralmente em cada uma mora uma família), na entrada havia um campinho de futebol. Isso mesmo, fizeram um campo de futebol numa ilha. Ainda bem que bola não afunda...hehehe

Em seguida chegamos na ilha de uma família que visitaríamos. Primeiro o morador da ilha explicou como ela é construída, falou da cultura, da história do povo, etc. Bem interessante.

Havia artesanatos de fato bem feitos e compramos duas peças bem interessantes para levar para casa.

Fizemos um passeio numa daquela embarcações antigas deles, fomos até a ilha principal dos Uros, tomei um café, tinha até alojamento... mas tava muito frio para dormir lá, ainda mais com a moto parada no estacionamento aberto na cidade.

Voltamos para o porto e vinha um temporal com raios e trovões daqueles que é certeza que vem água das boas. Na volta, a moça ao lado me deu dicas de 2 hoteis. Foi o tempo de correr até a moto, ligar o GPS e seguir para um dos hoteis, ficava a 3,4km dali. Chegando ao hotel, era bacana. Entrei para ver o preço e a moça queria 600 soles com desconto de no máx. 20%. Nem a pau...

Voltei, peguei a Luciana e segui até o hotel mais próximo. Cheguei lá, pedi para ela descer da garupa e...kct! Cade ela? Não tá na garupa mais? Puta merda, a mulher caiu da garupa, pensei.

Voltei correndo para o primeiro hotel, menos de 1km dali, olhando na estrada se a bixa estava estabacada no chão. E nada... nada... cade ela? Já pensava...puts, deve ter se mexido por conta do frio e foi pro chão e eu nem percebi.

Que nada, ao chegar no primeiro hotel ela vinha andando na minha direção bonitinha, de capacete e luva, toda certinha. Com cara de ????

Esse foi o momento mais hilário até agora da viagem. Depois entendemos... quando ela foi subir na moto, segurou no meu braço e fez que ia subir, mas a sacola com as compras de artesanato que fizemos na Ilha de Uros caiu no chão e quando ela se abaixou para pegar achei que estivesse sobre a moto, mas não estava.

Bem, esqueci a mulher hehehehe, essa foi demais! Rimos até.

Chegando ao segundo hotel, percebi os preços...695. Kct, não vai rolar também, mas a moça conseguiu um por USD 90 com vista para o lago. Excepcional.

Aí sim o padrão foi outro. O ajudante até colocou as malas laterais da moto no carrinho para levar. Acho que foi a coisa mais cheia de terra que esse carrinho transportara até agora. Até plástico para cobrir a moto me arrumaram. Veio o temporal. Estávamos no quarto, quentinhos e com banho com água abundante e quente. Ufa...

No jantar, CARNE! Cara, eu não comia carne de verdade há 13 dias. Chega uma hora que "flango" enche o saco.


Parada na entrada do Peru.


Na Ilha de Uros, aliás, em uma delas...cujo nome é em aymara e não me lembro, significa cidade nova.


Na capital, tem até cachorro.


E o temporal na volta.


Malas tratadas com luxo inigualável até agora aqui.


Agora vamos para Arequipa, a 2.500m de altitude. Deve ser mais fácil de respirar do que aqui a 3.800.m

3 comentários:

  1. Pobre Luciana foi deixada para trás...Isso não se faz !!! rsssss

    ResponderExcluir
  2. Respostas
    1. heheheh postei ontem a noite! Da uma olhada. Naquele dia nao deu tempo hehhe tinhamos que sair do hotel

      Excluir